Salete foi demitida depois dessa denúncia

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Mais de 8 bilhões"! Eis afinal: "lucro" extorquido às custas da sociedade!

Afinal... pergunta-se outra vez: qual a utilidade (social) desse lucro brancário?

Em contrapartida, a propósito dessa notícia: qual outra e melhor explicação haveria para a violência social presente - senão a exorbitância desse lucro, seguida da necessidade de mais e mais erguerem-se muralhas, colocarem-se grades, proteções e blindar automóves... senão pelo cultivo de paranóia para os ainda abastados defenderem-se diante do "sub-produto" desse lucro? Ou seja: isolarem-se para viver em clausuras diante da crescente legião dos "excluídos"?

E dentre esses, quantos dos quais hoje sem emprego e alternativas, por fim terminam marginais dispostos a assaltar para sobreviver e, depois, estruturalmente compelidos, se integram ao crime organizado para continuar a viver?

Ou alguém ainda justifica construirem-se mais e mais presídios (sempre estarão superlotados) sob demanda tão infinita quanto a dos lucros bancários... para depois o "esquadrão da morte" ser a solução malthusiana desse "sistema"?

Ora pois! A notícia desse lucro vale pelo quanto revela o próprio cinismo econômico e social explícito, estrutural. E finalmente como denúncia quanto à cegueira frente ao falso "valor" cultuado no bojo da ficção financeira.

Certamente gente lúcida ainda há. E para muitos viventes por sobre a Terra ainda constitui vergonha admitir essa fantasia da "modernidade", pois outra realidade pode haver. Entretanto, resta ver a "massa" humana visivelmente escravisada - alienada - nesse "topo" de civilização.
E pergunta-se mais uma vez: afinal, porque a massa submete-se bovinamente à essa concepção de "lucro" tido como "admissível", sem explicação em ética e moral social? Qual origem explicável teria? Certamente silencia-se por tudo aquilo quanto dificilmente o banqueiro pode declarar alto e bom som em praça pública. Jamais aceitáveis em termos de realidade palpável, justificável.

E de outro lado: em contabilidade à parte, traduzidos em danos diretos à sociedade: de onde provêm outros tantos pequenos "lucros" - somados?

Ora! Novamente! Como jamais esse banco se explica ou explicaria em praça pública, até por contrariar leis explícitas do País! Pois a título de exemplo, até na pequena cidade de Inconfidentes (MG): eis quanto ocorre pelos grotões longínquos do País! Pois vê-se: até em diminutas obras essa instituição financeira faz de tudo - para economizar tostões!
E pior: sem pejo de expor a riscos desnecessários a própria população circundante às suas instalações em postos de serviços (riscos antes inexistentes). Eis a quanto chega em ousadia a voragem de lucro traduzida em retrato singelo: a foto abaixo!


Pequeno exemplo da voragem de lucros em Inconfidentes, MG


Pois bem. Essa foto na verdade dispensa legendas. Serve de exemplo. Trata-se de mera instalação do posto de serviço o local mostrado na foto acima para instalar "caixa eletrônica" - cuja antena pretensamente estaria protegida por um "pára-raios". Pois tão absurda quanto a instalação também o é alheiamento administrativo do poder público local. Claro, na contrapartida dos lucros e, de modo exemplar, sobram riscos à população introduzidos por essa malsinada instalação do Bradesco: pois se a circunstancial faisca não for rigorosamente vertical, somente não terá de atravessar a rede elétrica apenas se proceder (direcionada) de um dos quadrantes. Pois se a descarga elétrica for proveniente de qualquer dos outros três terá de atravessar a rede! Pois trata-se de esquina. Pára-raios circundado por rede elétrica em maior altura, ladeada pelos postes. E isso sem contar com as demais transcressões de ordem técnica quando para economizar, visivelmente o banqueiro não tem pudor em contratar leigos. Apenas eletricista "curioso". Pois essa foto mostra quanto, para "economizar tostões" o avarento Bradesco pleno de usura, cobiça e inveja de seus "competidores" para ver quem lucra "mais" a troco de nada, despresa ou desprezou sua própria Engenharia. E para lucrar, contrariou leis vigentes a propósito (Lei Nº 5.194 de 24/12/1966) assim como Normas Técnicas correspondentes. Tudo ao fim aumentar esse lucro monstruoso.

Pois até nisso o banqueiro desfruta favor (omissivo) do poder público. E sequer contabiliza em custos a predação ambiental destinada a introduzir risco à vida, saúde e patrimônio alheio (melhor não existir pára-raios algum do que um mal instalado). E eis como também aumenta lucro sob custos "não contabilizados": quando expõe vizinhança a riscos econômicos e ambientais.

Pois eis a quanto atinge a soma dessas pequenas "economias" - tomadas às custas da sociedade - sob o título Lucro do Bradesco sobe quase 60%, supera R$ 8 bi e bate recorde em 2007 segundo a notícia publicada hoje (28/01/2008) no "site" do UOL:

"O Bradesco, maior banco privado do Brasil, fechou o ano de 2007 com um lucro líquido de R$ 8,009 bilhões, um aumento de 58,5% em relação aos R$ 5,054 bilhões obtidos no ano anterior. O Bradesco foi o primeiro dos grandes bancos do país a anunciar resultados referentes a 2007. No quarto trimestre, os ganhos foram de R$ 2,192 bilhões, alta de 29% em relação ao mesmo período de 2006. "A origem do lucro é composta de R$ 5,655 bilhões oriundos das atividades financeiras, que correspondem a 71% do Lucro Líquido e R$ 2,355 bilhões gerados pelas atividades de Seguros, Previdência e Capitalização, que representaram 29% do lucro líquido".

Para ler mais sobre a matéria: http://economia.uol.com.br/ultnot/2008/01/28/ult4294u970.jhtm

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Lucro do Bradesco atinge recorde

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi0611200711.htm
(FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL )

Lucro do Bradesco atinge recorde de R$ 5,8 bi no ano

Resultado é o maior já registrado por banco no país entre janeiro e setembro. Ganhos com serviços bancários e concessão de crédito puxam crescimento; carteira de crédito aumenta 27% em 12 meses



Apoiado principalmente em ganhos com receitas de serviços bancários e concessão de crédito, o Bradesco computou lucro líquido de R$ 5,817 bilhões nos primeiros nove meses deste ano -maior resultado já alcançado por um banco nacional no período, segundo a consultoria Economática.
Na comparação com o período que vai de janeiro a setembro de 2006 (R$ 3,351 bilhões), o crescimento do lucro foi de 73,6%. Mas no ano passado o banco fez pesadas deduções em seu balanço -ágios decorrentes de aquisições feitas nos últimos anos-, o que derrubou a base de comparação. Sem considerar esses efeitos extraordinários, o lucro do banco subiu 13% entre os primeiros nove meses de 2006 e os de 2007.

Hoje o Itaú comemora omaior lucroda história... em http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u343036.shtml - pois...

Lucro do Itaú em 9 meses supera lucro anual de qualquer banco no Brasil - (Folha Online - 06/11/2007 - 10h09)

"Segundo levantamento da consultoria Economática, o lucro do Itaú em nove meses de 2007, de R$ 6,444 bilhões, já supera o lucro anual (em 12 meses) de qualquer banco brasileiro de capital aberto nos últimos 20 anos. Os números do Itaú foram divulgados nesta terça-feira pela instituição".

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Lucrar, lucrar... lucrar...


Qual é a "origem" do dinheiro no Bradesco?


22/02/2006 - 09h17
Bradesco tem lucro de R$ 5,5 bi, o maior da história entre bancos da América Latina




(Folha Online)






O Bradesco fechou 2005 com lucro líquido recorde de R$ 5,514 bilhões, resultado 80,2% superior ao do ano anterior (R$ 3,06 bilhões).De acordo com levantamento da consultoria Economática, o lucro do Bradesco é o maior da história entre os bancos de capital aberto de toda a América Latina --os dados já foram ajustados pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE).O segundo maior resultado é do Itaú, que teve lucro recorde de R$ 5,251 bilhões no ano passado, um crescimento de 39% em relação a 2004."O ano de 2005 foi o maior lucro da nossa história de 62 anos. Eu destacaria o forte crescimento da nossa carteira de crédito, a consolidação da segmentação da nossa base de clientes, o melhor desempenho do grupo Bradesco Seguros e o forte controle de custos", disse o presidente da instituição, Mácio Cypriano.
O balanço do Bradesco mostra ainda que o banco alcançou um retorno sobre o patrimônio líquido de 32,1% no ano de 2005.O banco lucrou principalmente com sua carteira de crédito, cujos ganhos representaram 32% do resultado. Outra parcela de 29% dos lucros veio das atividades de seguro, previdência e capitalização, além de 26% com as receitas de prestação de serviços e tarifas.Apenas no quarto trimestre, o lucro da instituição alcançou R$ 1,463 bilhão, contra R$ 1,430 bilhão no trimestre anterior e R$ 1,058 bilhão no mesmo período de 2004.Os ativos totais do Bradesco alcançaram R$ 208,7 bilhões, com um crescimento de 12,8% no ano passado. Já o valor de mercado da instituição atingiu R$ 64,7 bilhões no final do ano passado, com alta de 126,6% em 12 meses.O banco encerrou 2005 com o índice de eficiência em 44,8%, 10,7 pontos percentuais menor do que ao final de 2004. Quanto menor o índice de eficiência, melhor.O indicador mostra quanto das despesas operacionais do banco são pagas com a receita de intermediação financeira e de serviços. Conforme o índice vai diminuindo, mostra que a capacidade do banco de pagar suas despesas com as receitas de operações financeiras e tarifas é maior.Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Unibanco registraram lucros recordes no ano passado. O resultado dos bancos brasileiros foi favorecido pelas altas taxas de juros. A Selic, taxa que remunera cerca de 50% dos títulos públicos, ficou, em média, acima de 19% no ano passado, o que gera receitas para os bancos.
Além disso, o juro médio bancário brasileiro, de 44,7% ao ano, é o maior do mundo, segundo levantamento feito pela Folha de S.Paulo a partir de dados do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Matéria do Jornalista Clóvis Rossi -FSP - 08/08/2007

São Paulo, quarta-feira, 08 de agosto de 2007


CLÓVIS ROSSI - O que realmente cansa

SÃO PAULO - O que realmente deveria cansar os brasileiros são as cenas de miséria explícita, quase sempre desenroladas longe das vistas do grande público nos grotões de pátria, mas que, às vezes, invadem outras áreas. A mais recente delas: a, digamos, "exumação" de 76,1 toneladas de carne, enterradas em uma área militar do Rio de Janeiro porque, supostamente, estavam "sem condições de uso". Repito: no Rio de Janeiro, Estado que disputa com Minas Gerais a condição de segundo mais rico do país, depois de São Paulo. Mas ocorreria também em São Paulo se o "enterro" tivesse sido aqui. Comparar a "exumação" da carne no Rio com cenas parecidas no Nordeste é pouco. A passividade tapuia já absorveu o fato de que o Nordeste é uma área pobre, ainda por cima castigada por condições climáticas que, em algumas zonas, são inclementes. Logo, comer calango, por exemplo, seria o "destino" do nordestino dessas regiões, de acordo com o conformismo tão brasileiro. "Deus qué". O certo seria comparar com certas regiões da África, o continente esquecido na era da globalização. O Brasil ou, ao menos a sua fatia mais pobre, a sua colossal fatia pobre, também foi esquecido. Políticos que se cansaram de criticar o regime militar por esse, digamos, esquecimento resolveram descansar das denúncias após chegar ao governo. Reproduzem eternamente o modelito que mantém 77,2% dos brasileiros com renda de até cinco salários mínimos (R$ 1.900). Renda familiar, não individual. Modelito que mantém 89% dos brasileiros longe do ensino superior, a metade deles apenas com ensino fundamental. Modelito em que o Bradesco não cansa de quebrar recorde de lucro, ano após ano, apenas para ser atropelado pelo recorde de lucro do Itaú no dia seguinte.

crossi@uol.com.br